Em 2003 em companhia do saudoso Afonso Gil Castelo Branco, então deputado federal, estive no gabinete do senador Paulo Paim, participando de um debate para o projeto de lei do Estatuto Brasileiro de Defesa e garantias de direitos da pessoa com Deficiência que tramitou em todas as comissões temáticas do Congresso Nacional. Em 2015 foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff, batizado por LBI-Lei Brasileira da Inclusão de nº 13.146, fato relevante estive na sanção da mencionada lei.
Logo após a consolidação e proclamação dessa garantia de direito, fui contemplado com um exemplar, tive a curiosidade de conhece-lo em suas minúcias e detalhes através de uma secretária lotada no Congresso Nacional, minha desilusão foi imediata ao perceber que o importante documento recém publicado no Diário da União, tratava-se de uma farsa em virtude que os artigos mais importantes foram vetados, fato parecidíssimo com um açougueiro que desossa um boi retirando as carnes nobres e dispensando a ossada ao proletariado, este somos nós comunidade formada por 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência existente no Brasil ( dados estatísticos do IBGE censo 2010).
Em Teresina um palhaço de origem interiorana ocupa de segunda a sexta-feira lugar de comunicador na TV Antena 10 (o tal Arnaldo Ribeiro), verbaliza tudo o que se possa imaginar do mais requintado mau gosto, agressões, desrespeito, proselitismos, incentiva a justiça pelas próprias mãos, diariamente descreve gigantesco leque de homicídios e assassinatos asseverando que a solução é aquela mesma, tiro de pistola calibre 380 na cabeça e rajada de metralhadora. Justifica suas expressões criminosa com a seguinte insanidade, esses fatos são necessários em virtude que esses “vagabundos ” não querem trabalhar (não são CEGOS, não são aleijados, não são doidos e não são doentes).
É nitidamente perceptivo o processo de maledicência discriminação, preconceito, exclusão e retaliação ao contingente de pessoas com algum tipo de deficiência. Nos anais da Associação dos Cegos do Piauí-ACEP registra-se acima de 60 membros associativos da instituição com até 3 graduações acadêmicas, são trabalhadores, produtivos, responsáveis, pais e mães de famílias que ganham suas vidas com o suor do seu próprio rosto, sem ter necessidade de desenvolver qualquer tipo de ilegalidade em suas atividades diárias, portanto esse moço deve controlar seus ímpetos, suas boçalidades e acima de tudo estudar a legislação das três esferas de governo que assegura direitos a pessoas com deficiência.
Se essa emissora fosse digna, colocaria imediatamente esse boçal “travestido de apresentador de televisão” no olho da rua, mas como trata-se de uma concessão pública de TV mercantilista, venal e descompromissada, garantindo a impunidade a esse incompetente de pai e mãe. Entendo que a TV Antena 10 é cumplice e copartícipe de toda bandalheira na grade de sua programação.
Carlos Amorim DRT 2081/PI