Mais uma vez a rádio Pioneira de Teresina deixa remexido o túmulo de Don Avelar Brandão Vilela, fundador dessa emissora.
Sábado (29) de junho o radialista Paulílio de Santana Daniel, e o secretário da Inclusão do Piauí senhor Mauro Eduardo Cardoso, em um animado e debochado bate papo, estando o gestor do estado por telefone, teceram comentários deprimentes em desacordo com a política de inclusão a pessoa com deficiencia. Mauro Eduardo, declinou ter sido abordado por um homem que disse-lhe ter sido aprovado em um concurso público na cota de pessoas com deficiencia, o secretário impactado, constrangido e envergonhado ficou sem ação ao verificar que aquele cidadão não apresentava nenhum sinal de deficiencia, acrescentando que muita gente está querendo ser deficiente para se apossar das garantias e regalias que a lei assegura.
O radialista apresentador do programa “De olho na cidade” foi mais incisivo, ríspido, rígido e ácido, declarando não aceitar a pessoa com baixa visão, visão sub normal e visão monocular, ou seja olho único, concorrendo com ele, pois podem tranquilamente dirigir veículo automotor. Nesse tete a tete os expert em debate fizeram uma calúnia gravíssima, para esses elementos conseguir um laudo com assinatura e carimbo do CRM basta ser amigo ou conhecido do médico. tais afirmativas levianas levada ao conhecimento da opinião pública por uma emissora que alardeia ser a comunicação para verdade para paz, sendo nos dias atuais “Nossa história é você”, sem a mínima sombra de dúvida é o fim da picada.
Como miséria pouca na casa de pobre é refresco, ambos sugeriram a criação de uma comissão contemplando uma terceira via, a promotora titular da 28ª promotoria (Centro de Apoio Operacional de Defesa da Pessoa com Deficiencia), pasmem, esse trio elaboraria projeto para impedir que o parlamentar eleito pelo voto popular tivesse sua ação prejudicada a liberdade, independência e soberania ao exercício da atividade parlamentar, qualquer projeto de lei, cujo objeto tratar-se de PCDs seria submetido a avaliação das instituições de pessoas com algum tipo de deficiencia, dos conselhos e da Seid, pois eles fazem leis sem consultar o contingente. O secretário Mauro Eduardo, finalizou assegurando: vamos acabar com isso. Pelo relato qualquer simples mortal tem convicção que o Mauro Eduardo, já está com seu prazo vencido, ao declinar que uma pessoa ao amputar um dedo não pode ser considerado pessoa com deficiencia, tirando o lugar de quem merece de fato e de direito.
O que me deixa perplexo são as questões prementes, necessárias e urgente a olhos nus em Teresina, vejamos: a desorganização do código de postura do município, barreiras arquitetônicas edificadas na frente da prefeitura de Teresina, bancos e mesas de concreto, grades de ferro obstaculizando o ir e vir das pessoas com deficiencia. Em toda a extensão da Rua Coelho Rodrigues, cruzamento com as Ruas Rui Barbosa, Simplício Mendes, Barroso, treze de maio, sete de setembro e 24 de janeiro são verdadeiras roletas russas, quando foram retiradas todas as orientações espacial do solo, vitimando a pessoa principalmente com deficiencia visual por ausência da referencia necessária a locomoção em desacordo e estupido desrespeito a ABNT 9.050-19.
É importante mencionarmos que em todo o centro de Teresina há existência na via pública de placas, painéis, toldo fora de padrão, buracos, aclives, declives, rebaixamento de guias ocupado por ambulantes, carros sobre as calçadas a sinalização zebrada nas esquinas é um item extinto há décadas. Vamos a cereja do bolo: proibição tácita a sinalização sonora ao longo da Av. Frei Serafim, objeto do então engenheiro Douglas, da Strans aceito pela promotora titular da 28ª Promotoria, fato esclarecido 15 anos depois em conformidade com documentos em anexo. Portanto seria importante que essas duas autoridade do deboche fizessem valer suas prerrogativas.
O Decreto Federal 5.296 é letra morta em papel de pão, tal qual o Estatuto Nacional da Pessoa com Deficiencia, Lei Brasileira da Inclusão 13.146/2015, como também, o Estatuto de Defesa da Pessoa com Deficiencia do Piauí, da lavra da então deputada estadual Rejane Dias.
O que me causa espécie é a ousadia, petulância e audácia de inexpressivos e ignorantes oportunistas se manifestarem sem a mínima preocupação como sendo os donos da verdade, costumo classificar as ignomínias como sendo falta do que fazer. Tratando se de rádio difusão, é o tradicional enche tripa para alimentar ego de indivíduos egoístas, totalitários, egocêntricos e vaidosos.
Carlos Amorim DRT 2081