Enquanto cliente das Lojas Noroeste, estive na filial da Coelho Rodrigues nesta sexta-feira(10), ao adentrar o estabelecimento fui ignorado por alguns funcionários que estavam na porta, exceto uma que me abordou e perguntou: — O que o senhor quer? Sem maiores delongas atendi a estúpida pergunta, uma pasta igual a que estou conduzindo, a reação da atendente foi devastadora: — Pode seguir em frente até o setor de sapatos, solicitei o auxílio de alguém acrescentando ser pessoa com deficiência visual, mesmo estando com uma bengala na mão para minha locomoção, finalmente a manifestação de alguém me auxiliando até a metade da loja onde fiquei por pouco mais de 5 min esperando o vendedor que me informou que o produto que eu procurava a última havia sido vendida no dia anterior.
Reconheço com esse fato grande desorganização no quesito estoque atualizado, impossibilitado da compra solicitei a uma outra pessoa ir até o Cirilo, um dos donos da empresa, para minha decepção a recepcionista do empresário demonstrando inabilidade, incompetência e traquejo para aquele posto ao me ouvir repetiu o mesmo procedimento de sua colega na entrada da loja, — diga o que o senhor quer. Sem titubear asseverei, falar com o Cirilo, veio a segunda pergunta indecorosa: — O que o senhor quer com ele? Fiz um esforço sobre-humano para não responder o que ela deveria ter ouvido, quero fazer uma denuncia,. —ele não pode atender está em uma reunião.
Por incrível que pareça durante o inútil diálogo permaneci em pé perante aquela senhora insensível, mau educada e desprovida do mínimo conhecimento para recepcionar uma pessoa com algum tipo de deficiência, finalmente me retirei, mas antes asseverei que comunicasse ao Cirilo o que ele não quis ouvir no seu local de trabalho, levaria ao conhecimento da opinião pública para compensar os valores financeiros investidos na massificação de comerciais nos veículos de comunicação de Teresina, como também, quitaria meu crediário já realizado e jamais entraria naquele estabelecimento comercial.
Foram 20 anos de altos e baixos no quesito política de acessibilidade vigente no Brasil de forma transversal, mas merecedora de Exclusão criminosa dos delitos oferecidos em meu desfavor, lamentavelmente o que fui vítima nesta sexta-feira é inaceitável, uma miscelânea de brutais ignorâncias em decorrência de funcionários absolutamente destreinados ao quesito dignidade a pessoa com deficiência.
Não quero com essa denúncia exigir demissão de nenhum funcionário daquela loja, o que solicito e exijo é que sejam capacitados adequadamente para prestarem excelentes serviços a empresa que os contratou. Na minha concepção são vítimas do próprio patrão.
OBS.: Convenção da ONU realizada em Nova York – Estados Unidos da América do Norte (Nada sobre nós sem nós), Estatuto da Pessoa com Deficiência do Brasil – Lei 13.146/2015 artigo 9º. A comunidade de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil são cidadãos e cidadãs de direitos assegurados pelo texto constitucional brasileiro. Com a palavra a Secretaria de Estado para a Inclusão da Pessoa com Deficiência -SEID.
Carlos Amorim DRT 2081/PI