Segunda-feira (25) por volta das 16h estive no colégio Premen sul localizado a Rua Climério Bento Gonçalves no bairro Monte Castelo, ao entrar no estabelecimento ouvi burburinho oriundo de vozes masculinas, acredito que havia umas 5 pessoas batendo papo, algumas delas de forma imbecilizada me orientaram gritando, vá para a esquerda, não é do outro lado, siga a sua direita, vá em frente, dobre para o outro lado, percebi que tratavam-se de prestadores de serviço terceirizados como vigias, porteiros e outros absolutamente desprovidos de qualificação profissional, como também, ignorantes de forma estúpida a política de acessibilidade a pessoa com algum tipo de deficiencia.
Finalmente consegui chegar a secretaria, fui direcionado a uma senhora de prenome Sabrina, que ao receber das minhas mãos uma sacola contendo uma camisa de um clube de futebol para uma aluna contemplada em um sorteio, mesmo com identificação do nome completo foi exigido que eu informasse o turno, a classe e o curso que frequentava, não tive dúvida, os pretextos externados eram apenas e tão somente atos demonstrativos de inacessibilidade por parte daquela servidora, com único objetivo de dificultar e evitar a prestação de um simples serviço.
Ao deixar a secretaria tive dificuldades para localizar a saída, fiquei por alguns momentos tateando com minha bengala na presença de todos que de forma inerte apenas olhavam, inesperadamente um servidor resolveu me auxiliar, me direcionando até a metade do corredor, sem nenhuma cerimonia perguntou se eu poderia seguir sozinho, respondi positivamente, embora encontrasse dificuldade para seguir naquele espaço desconhecido para mim.
O governo do Piauí mantem uma escola de governo que na minha concepção tem a serventia de limpar cagada de jumenta prenha. Esses desprovidos servidores apesar de suas péssimas remunerações não deveriam ser isentos de servir com dignidade, responsabilidade e cidadania a pessoa com algum tipo de deficiencia. Temos a Rejane Dias, Mauro Eduardo e o governador do estado, mentindo de forma descarada em todo país, asseverando e garantindo uma tal acessibilidade exemplar nessa província que é o estado do Piauí.
Indignado com o constrangimento que fui submetido, tentei comunicar o fato a Secretaria de Educação, realizei ligação telefônica para o número 3216 3200 solicitando falar com a ouvidoria, por volta das 10h30 do dia 26, a ligação foi refeita pela telefonista varias vezes sem que alguém atendesse, como opção tapa buraco fui transferido para o setor que não sei identificar, atendeu uma senhora de prenome Alexandra, que tentou me ouvir, mas a sua falta de educação, descompromisso e ignorância impediu o diálogo, quando mencionei o fato indecoroso da servidora Antônia Geneide Santos, lotada no gabinete da vice-governadora Regina Sousa, que de forma irresponsável declarou em público que sou um cego que usa a cegueira para prejudicar as pessoas e tirar proveito da própria deficiência.
Após declinar este ato fui repreendido pela imbecilizada servidora da Secretaria de Educação com o seguinte despautério: Olha, o senhor está misturando as coisas, dessa forma fica difícil de entender sua manifestação. Retruquei dizendo, que ambos os fatos são idênticos de procedimentos preconceituosos, discriminadores e excludentes, oriundos da falta de treinamento, cumulado com impunidades aos recalcitrantes.
Antes de desligar o telefone disse aquela pobre inexpressiva pessoa que daria visibilidade a opinião publica do inaceitável processo, contemplado pela inércia da autoridade da Secretaria de Educação por sua irresponsabilidade.
Carlos Amorim DRT 2081