O cego, a cega, o mudo, o surdo, o doido, o aleijado, o paraplégico, portador de deficiências, portador de necessidades especiais e outros, são as nomenclaturas e denominações que o projeto “Levanta-te e vem para meio” que a “ASA” ensina a sociedade em seus cursos e treinamentos de capacitação profissional, inserção e inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho de Teresina.
Ouvi essas ignomínias pronunciadas pelo próprio responsável que ministra a desorientação e deseducação a população de forma equivocada em nome de 220 mil pessoas com algum tipo de deficiência no município de Teresina (dados estatísticos oficiais do IBGE censo 2010). A entrevista veiculada sábado 27, quando foi elencado minuciosamente as questões inerentes a política se acessibilidade que admitem ao arrepio do disposto da LBI 13.146/2015.
O que me causou vontade de…, foi a declaração do entrevistado ao asseverar que após o árduo sacrificante trabalho de capacitação das “vítimas inocentes”, a resposta do empresariado a solicitação da “ASA” sofria imensa rejeição em virtude que o empregador exige que os selecionados para as cotas tivessem (deficiências leves). Ao ser questionado por um ouvinte informou que o fato refere-se ao processo de discriminação, preconceito e exclusão do empregador. Entendo o zelo que merece a Campanha da Fraternidade de 2005 lema e tema “Fraternidade e pessoa com deficiência – levanta-te e vem para o meio”, lamentavelmente nos dias atuais plagiada e usada indevidamente.
A meu ver o trabalho desenvolvido por essa instituição é inócuo, obsoleto, ultrapassado e desnecessário, de forma a prejudicar gigantescamente o que a vastíssima legislação das três esferas de governo determina a proteção do contingente de pessoa com deficiência. O inaceitável é o silêncio, omissão e conivência com os fatos elencados do entrevistado. Está explícito crimes protagonizados e promovidos por oportunistas e incompetentes componentes dessa organização de faz de contas. É incompreensível a cegueira da 28º promotoria que tem a obrigação de combater toda essa falta de respeito. O arcabouço jurídico confere ao 4º poder Ministério Público, ações inerentes as garantias aos direitos difusos, coletivos, e individuais.
A tal entrevista mereceu o prêmio Nobel da desinformação e deseducação a política de acessibilidade vigente, quando o genial entrevistado garantiu que a denominação correta a ser usada é mudo e cego, em virtude que essas categorias exigem serem adjetivadas dessa forma.
Como sou ignorante, imaginei que o entrevistado desconhece ou ignora e desrespeita a convenção da ONU realizada em Salamanca na Espanha, quando 193 países se reuniram e determinaram a terminologia, “pessoa com deficiência visual, pessoa com deficiência auditiva, pessoa com deficiência intelectual, pessoa com deficiência física etc, etc, etc. A redação desse evento foi ratificada na Constituição Federal do Brasil, é lei publicada no Diário Oficial da União, o fato de algum idiota se colocar contrário as normas determinadas por esse arcabouço jurídico, deve ser punida com cadeia por desobediência a legislação com agravante de incentivar a sociedade ao erro.
Existem nos grandes centros do sul e sudeste dois movimentos de repúdio a nomenclatura “deficiente auditivo”, trata-se dos movimentos “Orgulho surdo e Cultura surda”, que na minha concepção tem o mesmo significado de (maconheiros que repudiam a lei de combate ao tráfico).
No final da entrevista quando o autor declinou ter sido demitido com sua equipe, percebi que o objetivo da farsa tinha endereço certo, ou seja, criticar a prefeitura por ter rompido convênio patrocinador dessa molecagem. Por mais desprovido que seja, o cidadão consegue perceber facilmente a vultuosa massa monetária que era carreada para esse ralo de brincadeira de mau gosto com o dinheiro do contribuinte.
Em Teresina existem 36 entidades que trabalham com pessoas com algum tipo de deficiência, essas poderão serem convocadas pela prefeitura para prestarem serviços específicos em seus segmentos, com a garantia e convênios para a manutenção dos mesmos. É necessário que os poderes, instituições, autarquias e autoridades tomem providencias para extirpar de uma vez por todas esse tipo de “má fé” promovidos por falsos profissionais.
As mídias institucionais dos governos administrativos tem obrigação de veicularem matérias educativas esclarecedoras autênticas e corretas ao conhecimento da opinião pública através de todos os meios de comunicação dos estados e da união.
Carlos Amorim DRT 2081/PI