Há 64 anos tento dizer o que eles não querem saber. Tinha 5 anos de idade, as tardes, minha mãe me dava banho, perfumava, trocava a roupa e autorizava que eu ficasse em média 20 minutos em pé segurando as grades de uma cancela de madeira observando o movimento da rua. A frenética movimentação era de grande felicidade, embora meu desejo fosse participar daquela movimentação. Certa ocasião descobri que para realizar meu desejo precisava apenas puxar um ferrolho que travava o empecilho, a desobediência cometida me custou castigo físico, foi quando entendi que aquela grade estaria sempre presente na minha vida e precisava ultrapassá-la, sendo cada vez mais alto, minha descoberta permanece até os dias atuais, aos 70 anos de idade.
Faço esse preâmbulo para justificar minha força interior para recomeçar quase que diariamente, no que reconheço como injustiças, crimes, falsidades e outros que ocorrem em todos os segmentos da sociedade, quando indivíduos aproveitadores, oportunistas, mentirosos, enganadores e outros se apoderam desses nefastos procedimentos adjetivados aqui, para locupletarem-se indevidamente em virtude da incompetência e mercantilização, cumulado com orgulho, vaidade e aquele velho, frágil e magro rebolado para enganar os trouxas para permanecerem graciosamente a bordo do Iate do “cabeça branca”. Sempre fui muito atento, rigoroso, severo e desafiador, me considero um trapezista excessivamente confiante no exercício dessa atividade, não aceito em hipótese nenhuma rede de segurança e proteção, se eu cair em uma manobra, quero ir de cara no chão para recomeçar do primeiro passo e ao longo da travessia identificar o tipo do acidente corrigindo definitivamente.
A humanidade tem conhecimento ou alguma vez já ouviu falar das tragédias e fatos protagonizados pelo ser humano. O holocausto exterminou 5 milhões de judeus (Recentemente uma comunicadora em um relincho desabonador asseverou a seus ouvintes que a mortandade causada por nazistas não tratava-se de questões racistas, em virtude que as vítimas eram brancas). É evidente que a apresentadora desconhece o objetivo do Hitler, em sua insanidade ao classificar o judeu como raça inferior. A emissora dessa moça reagiu imediatamente aplicando um chute no seu traseiro demitindo-a imediatamente.
Tivemos o episódio de duas bombas atômicas atiradas no território japonês. O ataque ao prédio world Trade Center em Nova York acometido de atentado terrorista tendo as duas torres destruídas. Em 31 de março de 1964 o Brasil foi tomado pelos milicos, Congresso Nacional dissolvido, poderes destituídos, as unidades federativas brasileiras foram transformadas em capitanias hereditárias, veio o AI-5, SNI, ministério da censura, destruição dos veículos de comunicação, DOI-CODI, prisões arbitrária, exílio de brasileiros que não aceitavam no regime e finalmente o estabelecimento da vontade de um só, ou seja, o totalitarismo selvagem e criminoso.
Garrastazu Médici, notabilizou com algumas criatividades que para os ignorantes atuais, cuspidores de microfones imbecilizados não entendem a gravidade de algumas declarações, “Brasil, ame-o ou deixe-o”; “O Brasil é um gigante adormecido, quando acordar ninguém o segura”. A letra musical encomendada pelo ditador de plantão desarticulou o grupo musical “os incríveis”, ao interpretar (Este ano, quero paz no meu coração, quem quiser ser meu amigo que me dê a mão….), o indivíduo inescrupuloso que propaga, divulga e massifica tais obras satânicas, além da incompetência é irresponsável em expressar o que não tem conhecimento.
O repugnante é que em pleno ano 2022, século 21 a rádio Teresina FM 91,9 ludibria e engana o desprovido ao ressuscitar camufladamente todo esse processo de exceção, vendendo gato por lebre e coagindo empregados com salários miseráveis a tomarem posições estúpidas em nome da empresa, entendo o fato como manobra ou escudo para ocultarem-se das consequências severas que o caso exige. É inconcebível que a vítima de uma atitude criminoso por parte de um desses indivíduos possa ser criminalizado, multado e outras providências cabíveis.
A justiça brasileira não obriga ninguém pagar financeiramente uma compensação se o autor não tem condições, o estado brasileiro especificamente o Ministério das Comunicações deve rever as distribuições de concessões públicas de rádio e TV, impondo cláusulas rigorosíssimas para evitar atos indecorosos da classe patronal, como também, do empregado preocupado em perder o emprego. É importante separar o joio do trigo, uma emissora de rádio ou televisão são empresas como qualquer outra atividade comercial, legalmente constituídas com registro de CNPJ e a obrigatoriedade de cumprirem os encargos sociais e salariais.
O veículo de comunicação não presta qualquer tipo de favor ao garantir a palavra do cidadão ou cidadã, é obrigatório, havendo ressalvas, o dono da empresa tem competência para decidir o tipo de programação da grade de jornalismo, entretenimento, mídia musical, comercial e manifestação pública, havendo critério para autonomia do proprietário decidir organograma e veiculação dos espaços, fica vedado o processo de censura, discriminação, exclusão, preconceito, constrangimento e perseguição a manifestação contrária a política adotada pela empresa. O mote de declinares insistentemente “o povo pede pouco” é para ludibriar o desfavorecido.
Não entendo que tapar um buraco na via pública, vedar um vazamento de água, colocar uma lâmpada em um poste sejam atos merecedores de aplausos, elogios e comemorações, prende-se apenas e tão somente a obrigação do gestor público, na província de Teresina é armado um esquemão para tirar proveito das benesses do dinheiro público e tentar o contrato de mídia institucional, lamentavelmente temos essas pautas no dia a dia da comunicação tupiniquim do Piauí, é premente campanha de conscientização e politização ao exercício da dignidade do eleitor.
A consciência que tive naquela tarde que reconheci ter aquela cancela um obstáculo momentâneo, entendo ter havido a multiplicação daquela minha dificuldade de infância multiplicado por um trilhão, números do desvio de reais desviados por Lula-lá, do Brasil para paraísos fiscais .
Carlos Amorim DRT 2081/PI
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