Imaginemos uma loja de grande porte com suas mercadorias expostas na vitrine, sendo o cliente atraído por propaganda midiática por um veículo de comunicação que contraria o anúncio da matéria publicitária, o cliente ao perceber a propaganda enganosa e mentirosa reclama ao vendedor, — não foi este o produto divulgado. Para surpresa decepção e humilhação do cliente sua reclamação é rechaçada de forma mau educada, irresponsável e agressiva do atendente do comércio: (fique à vontade ou esteja à vontade para procurar outra loja).
Esse preâmbulo ou metáfora tem o objetivo de comparar o ato desabonador, desrespeitoso e humilhante como foi o protagonizado pela Simone Castro, segunda-feira (7) ao ancorar o programa JT 1ª edição veiculado pela rádio Teresina FM 91,9, quando agrediu um participante demonstrando nitidamente insatisfação declaro: — fique à vontade para mudar de sintonia”. Esse nefasto procedimento denota ausência de argumento, fragilidade emocional, incompetência, irresponsabilidade e descompromisso da apresentadora que pela milésima vez promove esse tipo de procedimento, sendo apoiada pela direção da emissora que concede impunidade, omissão, conivência e anuência incentivadora a essas estroinices inomináveis e inaceitáveis aos microfones de uma rádio de concessão pública do estado brasileiro, desrespeitando de forma vil cláusulas contratuais proclamadas.
Com base em experiência acumulada ao longo de anos, acompanhando participando, debatendo e opinando em encontros, seminários, congressos, etc. referente ao quesito comunicação e veículos do segmento em todo Brasil, tenho facilidade em identificar o mau, ruim e o péssimo profissional de comunicação, quando suas nuances demonstram episódios que desnorteiam a função do comunicador e comunicadora, vaidade, orgulho, individualismo, egoismo, totalitarismo, intransigência, arrogância e truculência, esse tipo de pseudo profissional prejudica de foma mortal a credibilidade da emissora.
É visível a preocupação de se autopromover, propagando minuto a minuto suas ações, atos e funções extras, — Sou jornalista, apresentei cerimonial em cima de uma carroceria de caminhão no Poti Velho, sou mãe de família, preciso trabalhar, quando foi necessário levei meus filhos para o colégio, sou dona de casa e tenho dupla e tripla atribuição em minha residência.
Quando residi no Rio de Janeiro, participei ativamente de palestras promovidas por instituições como Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Comunicação de Niterói, PUC e tantos outros, fenômenos da comunicação do Brasil condenavam o tipo de “calos” que enxovalham o jornalismo autentico e sério. Sem muito esforço aqueles mestres eram unânimes ao pontuar item a item dos procedimentos mencionados, lamentavelmente Deus os levou do nosso plano que na atualidade são de saudosa memória, cito: João Saldanha, Haroldo de Andrade, Waldir Vieira, Mário Vianna, José Messias, Daisy Lúcidi, Mena Barreto e outros, sem a mínima sombra de dúvidas o rádio brasileiro vive em um eterno estado de degradação, desmoralizado, descredenciado e desvalorizado por mercantilistas e venais componentes da classe patronal, sendo o trabalhador a máquina propulsora de injustiças, censura e mortal ditadura ao processo democrático de liberdade e expressão.
Entendo a necessidade de rigorosa fiscalização e vigilância dos patrocinadores de programas de rádio e televisão que tem o objetivo de tornar suas marcas reconhecidas e evidentemente seus produtos comercializados com maior faturamento, para isso tem que haver responsabilidade ao definir a emissora capaz de promover os interesses comerciais do empresariado para não transformarem-se em cúmplices de crimes que desonram e desacatam os ditames da Carta Magna brasileira.
Sou um eterno visionário de forma voluntária desses aspectos, conseguindo detectar grande investimento midiático como lavagem de dinheiro em virtude da fragilidade socioeconômica e financeira demonstrada através das manifestações populares cuidadosamente policiada por apresentadores medíocres e desonestos.
Tenho convicção que o ouvinte que solicita auxílio para quitação de água, luz, telefone, sexta básica e etc. não tem condições de adquirir os produtos anunciados que vai de uma consulta médica no valor de R$ 500,00 a um automóvel importado acima de duzentos mil, ouço diariamente essas enganações e sinto-me contemplado com o atestado de besta que tentam ou empurram-me garganta a baixo.
Quando o Brasil for um país digno, responsável e autentico, tal exemplo de comunicação será defenestrado dos espaços do rádio difusão.
Carlos Amorim DRT 2081/PI
Abaixo uma minúscula gota d’água gelada nos oceanos índico, pacífico e atlântico.