Sexta-feira (3) por volta das 8 horas me deparei com uns patetas na rádio Cidade Verde FM em debate referente a festas juninas, todos ávidos por notoriedade, notabilidade e destaque pessoal contavam suas peripécias juninas descrevendo e exibindo fotos de seus trajes enquanto quadrilheiros mirins e juvenis, por falta de assunto descambaram para a riquíssima cultura do bumba-meu-boi de São Luís Maranhão, todos mais por fora que bunda de índio, mais perdidos que cego em tiroteio, de forma irresponsável deseducavam a sociedade com suas informações inverídicas. Uma apresentadora desequilibrada se superou ao asseverar que o “Boizinho Barrica era um ritmo de carimbó do Pará”, essa péssima informação levada ao conhecimento da opinião pública me causou espécie, inquietação e vergonha ao perceber que aqueles incompetentes ignoravam, desconheciam e descaracterizavam a cultura mais forte verdadeiro sacerdócio de São Luís.
Por não ser omisso e conivente tentei reverter aquela vergonha nacional, por ter convivido por mais de uma década naquela cidade, detenho profundo conhecimento como funciona o Bumba boi de São Luís. Liguei para o nº 3131 1781 o Elivaldo atendeu de imediato, perguntei: — Estou falando com quem? A resposta foi seca, mal educada e criminosa. — Espera aí. A entrevista com um padre que na minha avaliação sempre em cima do muro sem qualquer definição de valor chegou ao final, enquanto eu esperava ao telefone.
Uma outra pessoa me atendeu e as minhas primeiras palavras foram de agradecimento com o seguinte teor: — Diz ao Elivaldo que agradeço os 50min que esperei a sua boa vontade. A pessoa na ponta da linha perguntou: — Como é o nome do senhor? Carlos Amorim. — Que o senhor deseja? Respondi não haver mais motivos, pois o objeto já havia sido extinto com o encerramento da entrevista.
Há 10 anos participei de um evento promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Piauí realizado no auditório do SENAC na Av. Campos Sales, lembro-me que marcaram presença a então deputada Margarete Coelho, o jornalista Francisco José, Globo Recife e tantas outras personalidades representantes de instituições nas comunicações do Brasil. O Zózimo Tavares, ao se manifestar apresentou uma história de trancoso, maledicente e irresponsável, falou que o Elivaldo apresentava um programa no sistema Antares de comunicação, concessão pública pertencente ao governo do estado, recebeu denúncia da ausência de qualificação e habilitação para o exercício da atividade de jornalista, atuava de forma ilegal, fez contato com o falso jornalista, confirmou a veracidade dos fatos e o afastou das suas funções, pois tinha poderes para tal, era o então presidente do Sindicato dos jornalistas do Piauí, moral da história: Orientou o mesmo que fosse estudar, esse atendeu a ordem, após prestar vestibular para o curso de jornalismo começou a frequentar as aulas, antes da formação conseguiu emprego onde está pendurado até a presente data.
O cômico de todo esse episódio é que o zeloso ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí ao tomar conhecimento onde estava atuando o gênio da cocada colorida o contatou para tranquilizá-lo: —Você pode trabalhar tranquilamente que eu não vou mais te perseguir.
Na minha concepção um gesto indigno de um mau-caráter tentando ser correto. Imaginemos um acadêmico de medicina com apenas dois períodos de curso ouse efetuar um transplante de qualquer órgão, com um agravante, autorizado por quem teria de reprimir o exercício ilegal da profissão, portanto o Elivaldo esqueceu de suas origens, iniciou de forma errada exercendo indevidamente sua atividade profissional. Posso comparar essa postura com o seguinte adágio: “Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto”. Me questiono o motivo do processo de exclusão protagonizado por esse cuspidor de microfone, talvez tenha reconhecido a minha voz e por se achar a rainha da Inglaterra não me deu a mínima atenção.
Deixo 3 exemplos plausíveis a esse pobre-diabo, (“tudo é passageiro, menos motorista e cobrador de ônibus”; “tudo na vida é efêmero”; tomas como exemplo a desgraça que se abateu sobre o poderoso Paulo Francis, correspondente global internacional). Quando tiveres tempo disponível, visita o retiro dos artistas no Rio de Janeiro, lá encontrarás muitos tipos semelhantes a você. (O homem não foge ao seu destino).
Tipos de toadas que fazem a musicalidade do efervescente Bumba Boi do Maranhão: Matraca, Zabumba e pandeirões, Orquestra, Baixada, Costa de mão. O Boizinho Barrica é formado por miniatura de boi extremamente enfeitado conduzido nas mãos dos brincantes, criatividade do saudoso Papete, instrumentista, compositor e intérprete de temas de sucessos eternos.
OBS. Papa da cultura do Bumba boi de São Luís Maranhão, para aprender 5% dessa cultura maranhense tem obrigatoriamente que dormir em baixo da rede do Zé Raimundo Rodrigues durante 50 anos ininterruptos. nome do projeto cultural, Raízes.
Carlos Amorim DRT 2081/PI