Amanhã, dia 7 de setembro comemora-se 100 anos de lançamento do rádio no Brasil, não é necessário que mencionemos as peripécias envolvendo esse veículo de comunicação de massa, existem “estórias, estória e estórias” para os mais diferentes gostos relacionados a autoria do mesmo, os patenteadores os executores e pronunciamentos de autoridades do Rio de Janeiro do ano 1922.
Em 2022 estou de saco cheio de proselitismos, mentiras e declarações de amor a esse tipo de aparato transmissor, do que presta e o que não vale nada no quesito expressão, pensamento, discussão e jornalismo para todos os gostos. Entendo que o avanço tecnológico do rádio alcançou grande progresso, se exemplificarmos, outrora o receptor que funcionava com válvula, pouco mais na frente substituído por portáteis transistorizados alimentados a pilha, com a explosão tecnológica veio as inovações, recepção via satélite, internet, aplicativo em celular e migrações de AM para FM proporcionando aos adeptos do sistema qualidade de som nítido, claro e permanente. Toda essa realização cai como bálsamo para oportunistas, incompetentes, mentirosos e mercenários que em seus proselitismos hipócritas declinam vastíssimos comentários positivos ao sistema de radiodifusão brasileiro e mundial.
Sou aficionado por rádio desde que me entendo como gente, meu conceito deste veículo prende-se apenas e tão somente ao conteúdo autentico, fundamentado, sério e honesto transmitido ao conhecimento da opinião pública. Lamentavelmente o processo de embromação, enganação e ludibriação ao ouvinte é uma constante, a venda de gato por lebre é gigantesca nas 24h de cada dia, analfabetos, imbecis e ignorantes proliferam nos estúdios com anuência da classe patronal, produtores, redatores e revisores absolutamente descompromissados com a qualidade do que é veiculado.
Algo que me deixa estarrecido, perplexo e estupefato é a conivência de apoio de empresários, poderes e autoridades que patrocinam essas excrecências a peso de ouro, quando o canalha que se autointitula de comunicador usa o espaço para agredir a honorabilidade do cidadão e cidadã de forma vil, sendo o palavreado o mais chulo que se possa imaginar, mas essas e esses maus caracteres se desmancham em homenagens aos 100 anos da existência do rádio no Brasil.
Há necessidade urgentíssima de controle rigoroso do marco zero das comunicações brasileiras, advogo a importância de programas educativos direcionados aos mais variados segmentos da sociedade, rechaçando que temos como proventos a anticidadania, exemplo, promiscuidade, prostituição e o famigerado jabá para assegurar a divulgação de obras culturais, sociais e escolares. Temos como câncer no dia a dia do rádio brasileiro e no Piauí é uma sumidade, imposição violenta, censura e o resgate da ditadura defenestrando e enterrando o processo democrático.
É público e notório a triagem das mensagens no WhatsApp em programas participativos, quando é assegurado 15 seg. às manifestações, havendo a prática nociva de quem ancora o programa, ousada, petulante e audaciosa, grita, berra e xinga autores de mensagens desconexo a sua vontade de pensamento, culminando com a democrática frase, “vou tirar você do ar agora”. A pergunta que não quer calar, será que o oba, oba promovido em homenagem ao centenário desse rádio que temos merece todas as falácias jubilosas e elogiosas? Sem titubear respondo negativamente, o que existe na realidade são aqueles que desconhecem o mínimo do mínimo tirando proveito de tudo e de todos, deixo como exemplo o brutal desconhecimento a função da linguagem, forma de linguagem, concordância verbal e nominal depreciando a língua pátria brasileira, não é necessário que sejamos expert na arte de falar, basta prestarmos atenção as aberrações cotidianas.
Carlos Amorim DRT 2081/PI