A sociedade piauiense tem conhecimento do discurso que faço nos mais variados veículos de comunicação do Piauí e do Brasil; sempre conclamando, solicitando, pedindo e reivindicando a premente necessidade por parte de todos, para atenção a pessoa com deficiência nas questões principais como: acessibilidade, auxílio e sensibilidade com amparo em vasta legislação federal de garantias de direito a esse contingente de 107 mil em Teresina, 501mil no estado do Piauí e totalizando com 25 milhões no Brasil (dados oficiais do IBGE).
Infelizmente não são desenvolvidas campanhas educativas com mídias para informar a sociedade a nossa existência, carências e a necessidade da nossa inclusão. Enfrentamos no dia a dia constrangimento, humilhações com um número imenso de atitudes que muitas das vezes somos estimulados a desistir.
Temos a olhos nus em nossa cidade carros ocupando as calçadas como estacionamentos, placas, painéis, buracos, aclives, declives, caixa de correio, caixa coletora de lixo, telefone público, gelo baiano, quiosques, toldo (com um agravante; em sua extremidade é colocado um ferro pontiagudo, talvez com a intenção maléfica para atingir um cego desavisado). Esse depoimento é apenas uma minúscula célula em um universo de descasos com participações das autoridades, dos poderes e sociedade.
O preconceito é uma atitude pessoal de cada um em decorrência da ausência do conhecimento. É importante o congraçamento de todas as entidades associativas de pessoas com deficiências, conselhos, coordenadorias e secretarias para que travemos uma luta titânica em defesa da garantia do nosso ir e vir com independência e soberania.
Somos produtivos, contribuintes e exigimos por parte de todos, o reconhecimento a nossa dignidade. Um cidadão ou cidadã em via pública deve portar-se de maneira e posição adequada para evitar ser surpreendido (a) pela bengala de um cego, pois a obrigação de visualizá-lo é daquele que vê, portanto não se deixe abalroar.