Capachos e bajuladores órfãos

No final da tarde desse domingo (05) fui surpreendido por uma ligação telefônica informando o falecimento do deputado federal Assis Carvalho, o fato já era previsível em virtude da patologia que lhe era peculiar, como também, várias intervenções cirúrgicas para implantação de Stend, sendo a última realizada no hospital Albert Einstein em São Paulo. Graças aos privilégios de diferenciados do estado brasileiro conseguiu estender até onde pode sua permanência nesse plano. Como não poderia deixar de ser, faço um pedido ao criador de todas as coisas, que dê ao falecido o lugar que merece na eternidade.

Ao longo de 20 anos por três vezes dirigi a palavra ao Assis Carvalho, em uma reunião do movimento de rádios comunitárias a sombra de uma mangueira na extinta estação da rede ferroviária federal, em outra ocasião, por uma coincidência o encontrei saindo da rádio Pioneira de Teresina, como arquiteto da falsidade me abraçou com efusivo vigor, ao se despedir asseverou estar sempre ao meu dispor, como última oportunidade me deparei com o então deputado Federal na Superintendência da Caixa Econômica Federal, como eu tinha agenda com o Dr. Emanoel Veloso Filho, fui obrigado a manter breve diálogo com o deputado que me foi apresentado pelo superintendente, ele de forma asquerosa declinou: Doutor, essa figura eu conheço de có e salteado, aproveitou a oportunidade para especular e perguntar: O que o Carlos Amorim tem de tão importante a tratar em audiência com o senhor doutor? O superintendente bastante acessível esclareceu: Pretende apoio da Caixa para um projeto muito importante de sua criatividade. O Assis demonstrou interesse, ao folhear algumas páginas, garantiu que levaria o projeto para Brasília e em poucos dias daria uma resposta, e se foi deixando para trás eu e o superintendente que trocamos algumas palavras retornando às suas atividades, e eu fui a vida dirigindo-me ao elevador. Esperei a promessa do Assis Carvalho até essa tarde, último dia de sua vida.

Quero deixar bem claro que não sou hipócrita, demagogo e nem fariseu, se a minha consciência reconhece alguém em vida, bom caráter, digno, honrado e honesto, o reconhecerei como tal no ato da morte, sendo ao contrário evidentemente terá o conceito da sua maledicência reconhecido por mim, pode morrer mil vezes que deixará como legado o que edificou de negativo na vida terrena.

Nesse domingo após almoço em família na casa de minha mãe, tecemos alguns comentários referente a briga titânica de pré-candidatos às futuras eleições municipais, por incrível que pareça mencionei a briga de foice no escuro dos quadrilheiros do PT. Ouso especular que as preocupações que pairavam em desfavor do Assis, sabe-se lá não desencadearam o trágico final do deputado. Outra dúvida que vem a baila é o transtorno que causou o pouso de uma aeronave da Polícia Federal semana passada no aeroporto Petrônio Portela em Teresina-PI. Há um adágio conhecidíssimo que diz: “Quem tem, tem medo”, principalmente quando a tecnologia moderna consegue identificar DNA e impressões digitais em cinzas provenientes de incêndio criminoso ou incinerados. Se eu estivesse envolvido nesse ninho de cobras, pode ter certeza, cometeria suicídio para evitar qualquer punição.

Entendo que a morte do Assis Carvalho deixa milhares de órfãos do erário, capachos, bajuladores, puxa-sacos e beneficiários de volumosos DAS. Oxalá que o efeito de retorno seja veemente nos parlamentos brasileiros, já que o eleitor safado, sem vergonha e bandido com cara de santo do pau oco vota em qualquer reles mortal.

Carlos Amorim DRT 2081

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Jornalista Carlos Amorim
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