Gostaria de saber o que funciona no Brasil, entendo que a Caixa Econômica Federal é um órgão de competência de instância federal, portanto deveria ser atribuição da justiça federal atuar em questões quaisquer que sejam as demandas do segmento.
Segunda-feira (13) fui submetido a terrível constrangimento público, quando a funcionária FRAUZELANNIA MARIA SOUSA, se recusou veementemente me prestar atendimento, ato desonroso, criminoso e irresponsável de forma inaceitável. Sou pessoa com deficiencia visual, tenho 72 anos de idade, sendo rechaçado e ignorado por essa senhora lotada na agência da Caixa Econômica Federal 00029, denominada Conselheiro Saraiva, estabelecida à Rua Simplício Mendes, Praça Rio Branco centro de Teresina.
Por volta de 13h ao adentrar a agência bancária fui recepcionado por um segurança que me abordou pedindo que informasse o tipo de serviço pretendido, muito solícito, capacitado e gentil me auxiliou para que chegasse ao 1º andar, no local de atendimento indicou o assento imediatamente em frente da funcionária FRAUZELANNIA MARIA SOUSA, me desejou boa sorte e foi-se. Permaneci por volta de 10 minutos imaginando não haver ninguém no local, que teria saído para alguma eventualidade, ledo engano, uma pessoa que passou por trás de onde eu estava sentado pediu informação aquela senhora que inerte, omissa e calada olhava para minha cara, só me atentei ao fato criminoso em virtude do atendimento da solicitação de outra cliente, de forma surpresa perguntei, —tem alguém aí? A resposta foi positiva acompanhada de estúpido pretexto, —você não falou o que queria. Rechacei aquele indecoroso fato com crítica plausível, “a senhora não está preparada para ocupar essa função, precisa sofrer processo de treinamento para se adequar a prestação de serviço a pessoa com deficiencia visual, a obrigação de me visualizar é de quem tem dois olhos na cara”.
Vencida essa fase deprimente, horrenda e desrespeitosa iniciou-se outra discussão, ela exigiu a senha para o atendimento, perguntei, a senhora percebeu que sou pessoa com deficiencia visual? A resposta foi semelhante a um coice de “jumenta prenha”, —isso não me interessa, aqui o atendimento sem a senha é proibido, eu não atendo você, pode ir atrás do gerente e reclame lá com ele. Ponderei aquela imbecilidade argumentando que a senha distribuída pela Caixa estava em “tinta”, o correto seria em relevo Braille, garantindo a identificação do documento ao cidadão e cidadã com deficiencia, de forma independente e soberana ao pleito solicitado.
Após dez minutos de entrevero não fui atendido por aquela senhora, o cliente ao lado concluiu o seu atendimento e me orientou para o terminal 1111, o funcionário sem qualquer tipo de questionamento me prestou o atendimento, em menos de 5 minutos o meu pleito estava resolvido. Após essa epopeia fui ter com o gerente que na realidade é uma mulher, meu contato com a mesma foi irrepreensível, gentil, solícita, educada e muito digna, identificou a funcionária e ao finalizar o atendimento me pediu desculpas me auxiliando a tomar o elevador.
A minha grande inquietação é o fato da rejeição da Procuradoria-Geral da República secção Piauí, ter indeferido a denúncia que fiz referente ao indecoroso episódio. Aproveitando a oportunidade pergunto ao procurador responsável pelo Ministério Público Federal no Piauí, se a instituição Caixa Econômica Federal do Brasil legalmente constituída no estado do Piauí é de atribuição do município, do estado ou da união? Essa minha interrogação tem respaldo no e-mail que me foi enviado pelo órgão fiscalizador mencionado anteriormente.
Pergunta que não quer calar, para que serve a politica de acessibilidade vigente no Brasil pertinente as garantias de direito a pessoa com algum tipo de deficiencia? Para que serve o Estatuto Nacional da Pessoa com Deficiencia – LBI 13.146/2015, como também Decreto Federal 5.296/2004; Leis 10.048/2000 e 10/098/2000; Decreto Federal 3.298/1999; Lei Federal 7.853 de 24/10/1989, a meu ver, trata-se apenas e tão somente de números e letrinhas para enganar, ludibriar e vilipendiar a comunidade brasileira de pessoa com algum tipo de deficiencia, de fato bode expiatório para garantir vida nababesca e luxuosa a espertalhões, oportunistas e aproveitadores de plantão se regozijando da nossa ignorância, fome, analfabetismo e terrível ledo de voo de galinha que não tem sustentação.
Carlos Amorim DRT 2081