Horário britânico atrasado

Pensei tratar de evento oficial do governo, ontem, segunda-feira (22) participei do “Fórum Estadual de Educação Inclusiva e Acessibilidade”, presente várias autoridades, profissionais da educação, técnicos credenciados como ativistas do movimento de pessoas com deficiencia, sendo a minoria.

O que me causou espécie, refere-se ao pronunciamento por duas vezes, manhã e tarde do palestrante jornalista Amadeu Campos (cadeirante). Tenho dificuldades de entender, compreender e digerir quais os interesses do objeto, quando acorreram ao local destacadas e importantes autoridades do Piauí, posso sem sombra de dúvidas assegurar que os convidados palestrantes e outros contribuíram com valores financeiros. A pergunta que não quer calar é referente ao custeio do evento, como vivemos tempos bicudos o acesso aos patrocinadores, apoiadores e colaboradores foram acessibilíssimos ao Amadeu Campos, para realização do encontro, como o próprio mencionou o I Fórum de Educação Acessível do Piauí, prometendo dezenas de outros, deixando transparecer que a coisa é muito fácil para quem tem em suas mãos a telinha de uma televisão espalhada em 12 estados do Brasil.

Será que um simples mortal conseguiria esse feito com tanta celeridade? Eu por exemplo jogaria a “toalha” por ser vítima de rejeição, oposição, retaliação, exclusão e preconceito ao mínimo projeto encampado por mim, é tudo travado, fechado e inacessível, o tal do eu não posso, o arrocho não permite, volte em 2025, talvez as coisas estejam melhores.

Estou declinando esses fatos graves e gravíssimos por conhecimento próprio, calejado e cansado de tanta cara na porta, tenho quase certeza que objeções aos meus projetos explica-se sem delongas as cobranças que faço, denuncias aos órgãos fiscalizadores, lido com irresponsabilidade gritante de agentes públicos, promotores de conluios e corporativismos selvagens e apoio irrestrito da imprensa do Piauí aos atos desabonadores dessa corja de corruptos.

No horário da manhã em média seis autoridades se manifestaram, o debate foi aberto, minha inscrição foi a 3ª para manifestação, como passe de mágica o ensinamento do Sílvio Santos foi atuante, “pularam” para o 4º colocado, por haver contestação do pronunciamento, o 5º da lista de prenome “Branco” se apresentou aos gritos dizendo que tinha que falar, a mediadora, funcionária a serviço do Amadeu Campos, o dono do evento, encerrou o debate com a promessa que após o almoço servido às 13h retornaria a discussão.

No horário da tarde outras personalidades se manifestaram, novos discursos, outras pautas, muita mentira, veio então o horário do debate, fui um dos primeiros a levantar a mão, pelo que ficou patente aquela farsa não havia qualquer registro de anotação para ordem dos debatedores, quando faltava 5 minutos, fui veemente em afirmar que eu estava sendo excluído, os motivos não declinei, embora reconheço tratar-se de retaliação, represália, discriminação, preconceito e perseguição que todos presentes sabem o tipo do meu discurso.

A pressão imposta logrou êxito, me trouxeram um microfone avariado, emitindo um som picotado, cortando minha palavras, praticamente inaudível, reclamei por três vezes a troca do mesmo, a intermediadora contratada para me prejudicar limitava-se a comentários estúpidos com objetivo único de quebrar minha linha ade raciocínio, cheguei ao cumulo de asseverar que ela prejudicava muito, aproveitei o ensejo para elogiar o cerimonialista jornalista Chico Costa, com deficiencia visual, concursado da Assembleia Legislativa. Na ocasião fiz comparações, ela, com dois olhos na cara conseguiu ser pior que o Chico, sem visão física, quando fui interpelado pelo secretário Mauro Eduardo, para encerrar, o tempo havia expirado, acabado e exaurido. Falamos muito em democracia, esse evento que declino, qual o nome?

Do que posso elogiar de positivo foi o almoço servido, saboroso, farto e variado, me remetendo as homilias do padre Antonio Vieira, “pão e circo“, embora no recinto, presente apenas a casta privilegiada, abastada, produtiva e independente, enquanto nos guetos, favelas e muquifos ficaram os excluídos, famintos, amedrontados, calados, ajoelhados e acovardados temendo o Fórum Cívil e Criminal, Tribunal de Justiça, OAB, Ministério Público, Defensoria Pública e a repressão das polícias civil e militar.

Carlos Amorim DRT 2081/PI

Amadeu Campos – Entrevista histórica

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Jornalista Carlos Amorim
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