À Excelentíssima senhora Regina Sousa
Vice-governadora do estado do Piauí
Com meus comprimentos solicito informações referentes a providência tomada relativo ao ato discriminatório e excludente protagonizado pela senhora Geneide Santos, em 5 de maio de 2019, quando me submeteu a imenso constrangimento publico referindo-se a minha deficiência visual, objeto de subterfúgio para obter privilégios pessoais, assegurou que uso minha cegueira para prejudicar as pessoas.
A título de informação esse tipo de procedimento tipifica-se “crime de injuria”, o deprimente episódio foi levado ao conhecimento do secretário de estado da inclusão senhor Mauro Eduardo, este em conformidade com suas próprias palavras em um encontro que mantivemos asseverou que havia informado o episódio a vossa excelência apenas verbalmente não obtendo retorno até a presente data. Entendo o vergonhoso ato sendo omissão, conivência e negligência.
Por não admitir injustiça e desrespeito tomei as devidas providências em conformidade com cópias de termos probantes acostados, em desfavor da acusada, registrei Boletim de Ocorrência na Delegacia de Direitos Humanos da Polícia Civil, como também instaurei inquérito de Termos Circunstancial de Ocorrência, ajuizei ação cível em um juizado de pequenas causas para reparação de danos morais e materiais sofridos.
Estou recorrendo da decisão da meritíssima juíza Eliana Márcia Nunes de Carvalho, que tangenciou e desvirtuou o objeto da ação, reconheço que o julgador tem garantias legalmente constituído do direito ao convencimento, no caso em baila trata-se de questão pessoal, fato que denunciei a Corregedoria do Egrégio Tribunal de Justiça do Piauí, como também ao Conselho Nacional de Justiça. É importante informar que a acusada no ato da audiência de instrução apresentou como testemunha para assegurar sua hilariante estória um policial da reserva remunerada que presta serviço a vice-governadoria,
Em virtude da ausência de minha visão admito que a desprezível testemunha se quer estava no recinto onde fui humilhado e vergonhosamente agredido com palavras chulas, desconectas e vergonhosas. O fato de vossa excelência ter negado disponibilizar a cópia das imagens das câmeras usando inconcebíveis pretextos me prejudicou de forma avassaladora, quando evitou a realização de perícia labial por técnicos com deficiência auditiva.
O objetivo de comunicar esses fatos a vossa excelência, prende-se ao projeto jornalístico que farei enviando toda a documentação aos grandes veículos de comunicação do Brasil, inclusive as autoridades e entidades que trabalham em defesa de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência existente no Brasil dados estatísticos oficiais do IBGE censo 2010. Recentemente comentei sobre este fato ao assessor de comunicação da ministra dos Direito Humanos e do Conselho Nacional de Defesa da Pessoa com Deficiência.
Quero deixar bem claro que não tenho o mínimo interesse em criticar ou desmoralizar a política de acessibilidade do Piauí, mas não posso aceitar o silêncio criminoso imputado ao fato horroroso de impunidade amplo geral e irrestrito como exemplar nefasto procedimento disponibilizado por uma servidora pública que tem a obrigação de atender bem ao contribuinte piauiense pagador de impostos.
Quero que vossa excelência tome posse do mesmo procedimento que tomou ao processar um canalha que submeteu a então senadora Regina Sousa, a inomináveis constrangimentos públicos, morais, éticos e pessoais que foram reparados perante a justiça do Brasil. O poeta nos ensina “a boca que te beija o rosto é a mesma que te escarra a cara”.
Reafirmo votos de consideração e respeito
Carlos Amorim DRT 2081/PI