A imprensa do Piauí no quesito radialismo promove a opinião pública desinformação, descompromisso, irresponsabilidade e molecagem, presencia-se diariamente nesses veículos uma casta de incompetentes e inábeis travestidos de palhaços sem graça.
Ouvi uma entrevista com um médico especialista em urologia, deveria ter sido a entrevista do ano, mas foi uma desgraça, não por causa do profissional da saúde, mas pelas boçalidades pronunciadas pelo cuspidor de microfone. O médico muito competente, expressivo e com o dom da persuasão e convencimento teceu comentários em relação ao câncer de próstata, os malefícios, a cura, tratamentos pertinentes ao paliativo, como também, alguns casos avançados, extremas dificuldades em tratamentos exitoso em virtude do avançado estado da patologia crônica.
O cuspidor de microfone resolveu fazer chacota, gracinhas e palhaçadas constrangendo o profissional entrevistado, declarou ao médico que nunca fez esse exame, tem muito medo de toque retal, só em pensar sente vergonha, declinou que ao ser submetido ao exame não saberia com que cara deixaria a clínica ou consultório, tendo que passar entre os pacientes que aguardavam consultas, disse que todos o julgaria dizendo: “esse já se lascou”, em seguida teceu alguns comentários pejorativos e indecente culminando ao perguntar ao operador de áudio se já havia sido submetido a tal toque retal, este também de atitude mesquinha, inconveniente e antiética, corroborou com o pensamento do pobre-diabo ignorante, o médico ouvia as boçalidades pacientemente ao telefone, no momento oportuno asseverou que os que estavam aguardando a consulta fariam o mesmo exame, sendo esta a razão principal das suas presenças.
O médico muito inteligente e sensível informou a necessidade do exame de toque retal confrontado com imagem do exame de PSA, deu como exemplo a dupla Ronaldo e Romário, um ajudando ao outro, embora ainda houvesse resistência devido a cultura machista aos exames, pouco a pouco o fato estaria sendo vencido, lamentavelmente ao encerramento do bate papo o radialista em pingue pongue com o operador de áudio cometeram verdadeiras aberrações tecendo comentários referente ao tamanho do dedo do médico, que sendo grosso provocaria dores terríveis, embora o médico tenha assegurado ser exame indolor, o gênio da “cocada de barro” declarou a seus ouvintes que mesmo assim não faria esse exame, quando o médico falou em luva e gel ele ficou assustado.
O que posso garantir dessa excrecência radiofônica é a estupidez da desinformação e deseducação a opinião pública. Com base em pesquisas do Ministério da Saúde, como também, de organismos internacionais, o número de homens que tem ojeriza e objeção ao exame, ouvindo aquele tipo de matéria jamais passarão sequer na calçada de uma dessas instituições médicas que prestam esse tipo de atendimento. Fica patente, nítido e identificável é a incapacidade de um oportunista entender a importância do combate ao câncer de próstata para que o homem tenha por toda vida sua saúde preservada desse crônico mal sendo detectado tardiamente. Outra questão refere-se ao desrespeito brutal as mídias educativas diariamente veiculadas em redes nacionais.
Sou um homem de 73 anos de idade, acredito que realizei esse tipo de exames mais de uma dezena de vezes, não foi subtraído nenhum pedaço do meu corpo, não alterou minha orientação sexual, não senti absolutamente nada, é idêntico um cidadão ou cidadã ir a um odontólogo realizar tratamento dentário, esse profissional usará os equipamentos na cavidade oral sem qualquer tipo de constrangimento que possa afetar o paciente.
Sou obrigado a recorrer uma máxima do ex-governador do Piauí conhecido popularmente como Mão Santa, que propaga, massifica e divulga “a ignorância é audaciosa”, é facilmente perceptível que veículos de comunicação, concessões públicas têm obrigação de fiscalizar e corrigir estupidezes pronunciadas aos microfones levadas ao conhecimento da opinião pública.
Fico embasbacado com a irresponsabilidade de gerentes, diretores, produtores, redatores e revisores dessas excrescências apresentadas ao grande público com o objetivo de programa radiofônico. Por incrível que pareça uma latrina fétida pode ter menos odor que o verbo dessa gente. “Nossa história é você”.
Carlos Amorim DRT 2081/PI
Uma resposta
Uma vergonha! Nossos meios de comunicação cada dia mais bestializados por estes que deveriam, ao contrário, educar e conscientizar devidamente o povo piauiense! Deus tenha misericórdia!