Nesta semana que passou fiz algumas viagens para São Luis capital do Maranhão a bordo de confortáveis ônibus da empresa Guanabara, o único inconveniente refere-se ao brutal desrespeito as determinações da ABNT, fato extremamente nocivo a politica de acessibilidade vigente no Brasil pertinente as garantias de direitos a pessoa com algum tipo de deficiência.
O acesso ao interior dos ônibus são verdadeiras via crúcis, impossibilitando a comunidade de pessoas com algum tipo de deficiência acesso como determina a vastíssima legislação brasileira das três esferas de governo ao atendimento necessário e obrigatório a pessoa com algum tipo de deficiência, submetendo a todos escalar escada ingrime composta por dezenas de degraus ínfimos e minúsculos espaços de apoio para apenas os dedos dos pés, com um agravante, o formato dessa barreira arquitetônica em espiral em forma cilíndrica, absolutamente incompatível com a Lei 9.050.
É perceptível até a visão de cego, a negligencia, omissão, irresponsabilidade e conivência de várias instituições que se recusam a cumprirem suas atribuições de ofício para combater esse famigerado e indecente modelo de carrocerias desses ônibus, posso citar tranquilamente ATT, Conselho Nacional de Defesa da Pessoa com Deficiência, INPI, Fabricantes, Conede-PI, OAB-PI, Defensoria Pública-PI, SEID, Procuradoria Geral da República, Ministério Público do Estado do PI na pessoa da promotora Marlúcia Gomes Evaristo de Almeida, que tem demonstrado aos quatro cantos do Brasil ser previdente, atuante, responsável e comprometida com essa causa, até que se prove ao contrário a sua inexpressividade e atitude antiética ao exercício do seu mister (lamento registrar que a dota promotora ainda não se manifestou a explicar como um cadeirante ou tetraplégico consegue escalar o tipo de escada declinado anteriormente).
E lamentável constatar que a politica de acessibilidade legalmente garantida no Brasil e matéria para inglês ver, semelhante ao comércio e tráfego de negros transportados como escravos da África para o Brasil após o ano de 1888. Por incrível que pareça todos ignoram essa trágica operação a discriminação, preconceito, exclusão, retaliação e represália a 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, 850 mil no Piauí e 220 mil em Teresina, dados estatísticos oficiais do IBGE censo 2010.
Existe no Piaui de forma acanhada a Secretaria Estadual para a Inclusão da Pessoa com Deficiência a cargo do sexcentésimo senhor Mauro Eduardo (com deficiência física) que tem atribuição unica e exclusiva aplicar no interior do estado milhões de reais das emendas parlamentares da Rejane Dias, deputada federal, primeira dama e ex-secretária de estado da educação do Piaui, alvo de noticiário policial que assevera o desvio de 119 milhões de reais do transporte público escolar do estado, estando até a presente data incólume e impune de forma descarada.
Para quem não sabe, essa senhora se autointitula mãe da pessoa com algum tipo de deficiência no Piauí, não podemos em hipótese alguma pedir nada ao pai celestial, pois temos vossa genitora ao alcance de nossas mãos (estou me autoincluindo nesse contexto por ser pessoa com deficiência visual).
Carlos Amorim DRT 2081