O prato com padrão de 26 cm de diâmetro com ¼ de espaço fixado uma base de 3 cm de altura na superfície de sua extremidade, serve para ajudar pegar os alimentos com o garfo ou colher dispensando auxílio dos dedos, impede que os alimentos caiam da borda do prato em cima da mesa e outros possíveis incidentes.
A faca, garfo e colher têm um ponto fixo de 2 mm de altura formando um relevo com 2 mm de diâmetro a 2cm de distancia do início dos respectivos cabos para serem facilmente identificados através do tato, que indica a posição correta para serem usados garantindo independência e segurança ao deficiente visual que graças aos dispositivos de informação existentes tem certeza da postura correta ao manusear esses instrumentos à mesa.
Autor: Carlos Antonio Rodrigues de Amorim portador do RG nº 23544694-7/MA e CPF 385 246 787- 04
Sou frequentador habitual de restaurantes, participo efetivamente de encontros, seminários, conferencias, congressos e outros, geralmente esses eventos oferecem coffee break, lanches, almoço ou jantares, me preocupa muito a postura de deficientes visuais a mesa, a dificuldade e inabilidade ao manusear talheres em decorrência da ausência de informações e dispositivos adequados para atender suas necessidades, sendo indispensável o auxílio de terceiros para conseguir um desempenho razoável.
É comum a pessoa com deficiência visual tomar nas mãos garfo, faca ou colher de forma inadequada por não haver identificação que garanta certeza da posição correta dos talheres, é habitual prática anti-higiênica e desaconselhável repreensiva pelos cerimonialistas no que se referem à etiqueta, quando a pessoa com deficiência visual para ter o melhor desempenho com autonomia de independência ele toca o alimento com os dedos para auxiliar o garfo ou colher a pegar o alimento.
Houve um episódio de uma jovem com deficiência visual em um restaurante que ao tomar uma sopa como entrada de uma refeição, com a mão esquerda ela pegou na borda do prato e o declinou no sentido de sua direção para com mais facilidade pegar com a colher que estava em sua mão direita o que restava do alimento, por ausência da visão ela não conseguiu perceber que o ato de declinar o prato uma parte do caldo entornou em cima da mesa e escorreu caindo no seu vestido de cor branco o que lhe causou inominável constrangimento.
A pessoa que estava comigo me descreveu aquele incidente que para mim foi apenas uma displicência ou talvez um descuido, mas para nossa sociedade preconceituosa, discriminadora, excludente e crítica foi aquela oportunidade importantíssima para invejosos, insensatos e mau caráter deliciarem-se em um verdadeiro festival de gozações e ridículas declarações desaprovando um ato ocorrido com uma pessoa que foi simplesmente vítima de uma situação que não merecia tanto alarde e dispensava qualquer argumentação para explicar o inexplicável.
Após todo esse deplorável episódio me concentrei para criar algo que garantisse a pessoa com deficiência visual toda a segurança necessária para que ao chegar a restaurantes ou similares ele tenha disponibilizado prato e talheres em condições de preencher todos os requisitos para que se sinta incluído e tenha a satisfação que no recinto está em pé de igualdade com os demais, exercendo sua cidadania com liberdade, independência e soberania, para isso criei adaptações em conformidade com o desenho e fotos do protótipo, como modelo exposto acima e o texto contendo ficha técnica.
Essa minha idéia está patenteada, pretendo apresentá-la na próxima feira de inventos em São Paulo, acredito que haverá interesse de fábricas que produzam esse tipo de produto, pois o mercado consumidor no Brasil é imenso. Tenho certeza que quando o futuro for presente e esse projeto tenha saído da teoria a prática milhares de pessoas será beneficiada.
Apresento abaixo número de pessoas com deficiência visual no Brasil e no mundo reproduzido do livro Guia Legal aprovado pelo Congresso Nacional.
Portadores de deficiência visual no Brasil e no mundo
Segundo dados do Censo Demográfico 2000 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Brasil naquele ano era de 170 milhões de habitantes, 24,5 milhões dos quais, ou 14,5%, eram portadores de algum tipo de deficiência.
Desses 24,5 milhões, 16,6 milhões, ou 57%, tinham dificuldade permanente para enxergar, fazendo da deficiência visual a deficiência de maior incidência no Brasil. Eis os números exatos (em 2000):
População total: 169.872.856
Incapaz de enxergar: 158.824
Deficiência: 24.600.256
Grande dificuldade permanente de enxergar: 2.398.472
Deficiência Visual: 16.573.937
Alguma dificuldade permanente de enxergar: 14.015.641
Já no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), há 180 milhões de pessoas com alguma deficiência visual, das quais 40 a 45 milhões são cegas. Esses dados foram divulgados em 2000, quando a estimativa da população mundial era de 6,1 bilhões.
Atenção: Leia matéria Apoiadores.