O processo eleitoral 2024 tenho conhecimento através de autoridades do TRE-PI rigores e sanções a candidatos, instituições, autarquias, entidades e empresas públicas e privadas que ousarem desobedecer os ditames da legislação eleitoral vigente no Brasil. Entendo haver gritantes contradições em todo esse falatório, vejamos: candidatos ao cargo majoritário participaram de cinco debates em concessões públicas de rádio e televisão, desobedecendo a legislação que autoriza para esses eventos apenas e tão somente os partidos que tenham representatividade no Congresso Nacional (em número de cinco membros), apenas o sistema O Dia de Comunicação cumpriu a legislação convidando para esse tipo de discussão de propostas, quatro candidatos respaldados pela legislação vigente, os demais ficaram fora.
Fui informado que a exigência ao cumprimento da lei é facultada as empresas promotoras desses eventos, significando dizer que o crime compensa no Brasil, que a lei é apenas para inglês ver, desobedecer as regras determinadas pelo Congresso Nacional fica a critério da boa vontade de quem quiser obedecê-la. Em meus parcos conhecimento não entendo, não vislumbro e nem compreendo o rigor dos que se proclamam defensores da legalidade do processo eleitoral. O correto na minha avaliação seria aplicação de punição severa aos veículos de concessão pública que de forma humilhante depreciam o processo, o salutar seria a casação dessas concessões em uma verdadeira caça as bruxas .
Tenho observado de forma estupefato, estarrecido e perplexo a gigantesca propaganda extemporânea praticada por todos nos veículos de rádio e televisão, especialmente programas abertos a manifestação pública, verifica-se verdadeiro acinte, palavrões em desfavor de candidatos adversários, manifestação explicita declinando nomes, que fulano é melhor do que beltrano, ciclano trabalhou fazendo isso e aquilo, outro se manifesta dizendo que candidato x é verdadeiramente o que pode ser eleito, pois pratica caridade, dá dinheiro, botijão de gás, remédios e paga contas atrasadas, deputado de mandato declina em entrevista coletiva valores vultosos para gastar na eleição de certa candidata, será recordista de sufrágio de votos, acima de 10 mil levando consigo vários candidatos sem qualquer perspectiva de eleição.
O que é mais grave é a conivência, parcimônia e a irresponsabilidade dos apresentadores e ancoras de programas que sem dúvida nenhuma deixa a convicção de cumplicidade nesses nefastos procedimentos, tudo passa em brancas nuvens sem qualquer tipo de observação ou impedimento imediato a manifestação desses calhordas propagandistas de 5ª categoria, vendilhões de ilusões e corrupções desenfreadas a serviço de brincalhões com o dinheiro do contribuinte.
Com a palavra os pardais, pipiras, bem-te-vis e aves de rapina de plantão.
Carlos Amorim DRT 2081/PI