A gente…, né…, é…, aí…, tá e outros, apresento esses calos da comunicação como cânceres que acompanham o cotidiano da absoluta maioria de comunicadores aprovisionados ou não, posso classificá-los como sendo ambiguidades ou pleonasmos viciosos e repetitivos verbalizados, demonstrando a incompetência e desqualificação do apresentador de programa de rádio e televisão. O gravíssimo inaceitável é que a veiculação dessas pronúncias deseducam e desinformam a opinião pública, que por ausência de escolaridade e formação aderem o estúpido “linguajar” como sendo regra normal e correta.
Recentemente ouvi uma entrevista a uma “cuspideira” de microfone que arrepiou os pelos de minha sobrancelha, quando a entrevistada, uma advogada que ministra palestras defendendo suas ideologias feministas, em 5 minutos de interação com a âncora do programa ambas pronunciaram 19 vezes o pronome “a gente”, em minha avaliação tal procedimento é inaceitável, antipático e enjoativo, entendo ser esta postura digna do vocabulário ínfimo dos seus praticantes, demonstrando claramente o desconhecimento brutal de classe de sinônimos existente na língua pátria brasileira em conformidade com a exigência da sintaxe de suas análises, cumulado com visível desconhecimento da linguagem que falamos nesse país.
Sem muito esforço percebe-se humilhante desconhecimento das concordâncias verbais e nominais, os atropelos de regras e normas corretas são aviltantes no que se refere aos objetos diretos, indiretos e os definidos e indefinidos. Os falantes que critico seriam incapazes de serem aprovados pelo exame de admissão ao ginásio, que nos anos 60 era o caminho do estudante após 5 anos de curso primário.
Tenho certeza que esses pseudos profissionais da comunicação e seus entrevistados não lograriam êxito nem que a vaca tossisse, em conformidade com o histerismo de uma certa promotora do MP-PI. O que é lamentável é que esses apaniguados desprovidos do conhecimento das letras, do verbo e das normas que o falante deveria ter obrigação de conhecê-las, não as possui, lamentavelmente ostentam diplomas de reconhecidas e famosas universidades e faculdades que deveriam dar explicações por agraciarem tantos burros sem o cuidado de construir carroças de 2 eixos e 4 rodas para os formandos.
A precariedade desses fatos é a conivência e parcimônia dos proprietários de emissoras de rádio e televisão que não respeitam a concessão pública que lhes foram outorgadas, cujas cláusulas contratuais são rigorosíssimas, mas isentas de fiscalização e punição, cardápio variado aos patrões lucrarem fábulas, investindo muito pouco ou quase nada, ou seja, excluindo os capacitados e competentes e oportunizando as arraias miúdas para ocuparem lugares indevidamente, remunerados por miseráveis salários, submissos e eternamente ajoelhados perante o poderoso chefão, as vezes imbecilizados auferindo vultosas quantias sem o mínimo conhecimento do segmento de comunicação no Brasil.
O objeto principal é o lucro fácil, explorando a mão de obra barata dos incautos profissionais absolutamente dominados pelo medo do desemprego. A safadeza desse sistema no Brasil é tão forte que permite a proliferação de monopólios sobre monopólios diariamente nesse país de ladrão e promotores de banditismo. A legislação contida no texto constitucional brasileiro de 5 de outubro de 1988 tem uma única função (apertar charuto de maconha e deixá-lo para acender depois).
Viva o célebre autor e intérprete do samba que descreve a bandidagem do Rio de Janeiro, Bezerra da Silva, de saudosa memória.
Carlos Amorim DRT 2081/PI