Sal doce

Dias antes do toque de recolher do Covid-19, recebi ligação telefônica do  Ministério Público do estado do Piauí, uma senhora que se identificou como secretária do diretor da instituição asseverou que o promotor tinha interesse em falar comigo, ficando o horário aprazado para a próxima segunda-feira às 8h30, cumpri britanicamente o compromisso agendado, 8h20 me apresentei a recepcionista do setor solicitado, esta por sua vez informou a tal secretária que veio me recepcionar com o seguinte abuso: O promotor está em uma reunião. Retruquei reclamando o compromisso para as 8h30 da manhã, fui interpelado com a garantia que não deveria me preocupar, pois o promotor honraria a audiência agendada, retirando-se em seguida.

O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus nem existe mais, ao perceber o chá de cadeira acionei o programa de hora do meu celular, registrava 9h20. Acredito que o internauta é suficientemente capaz de conhecer os ensinamentos do pai da matemática moderna Scipione di Pierro Netto, evidentemente chegará ao denominador comum de quantos minutos perdi com embromação, irresponsabilidade e descompromisso do Ministério Público do estado do Piauí.

O que fica de positivo dessa denuncia gravíssima é apenas e tão somente o desrespeito, humilhação e desmoralização ao cidadão com algum tipo de deficiencia, contribuinte, produtivo que busca a qualquer custo garantir o exercício de sua cidadania, lamentavelmente e incompreensivelmente fatos deploráveis como esse são práticas normais e corriqueiras em autarquias, secretarias, parlamentos, instituições e poderes, havendo a conivência, omissão e negligencia de destacadas autoridades a frente dessas entidades.

O que é intolerável, prende-se ao fato que absoluta maioria das vítimas desses algozes calam-se para sempre, silenciam-se de forma sepulcral por absoluta ignorância e desconhecimento do estado democrático de direito brasileiro, quando a constituição de 1988 assegura que todos são iguais perante a lei, e para minha perplexidade o Ministério Público do Piauí que deveria zelar, preservar, fiscalizar e fazer valer aplicação da lei é o primeiro a desobedecer ditames primordiais ao execício do seu mister diário.

Para minha tranquilidade e garantia do exercício de minha atividade profissional como jornalista habilitado legalmente, já constitui advogado para rechaçar mais um abuso do Ministério Público do estado do Piauí, quando encampou para si uma nova atribuição, censurar, proibir, prejudicar, atrapalhar e embargar o trabalho de jornalistas independentes, responsáveis, dignos e sem máscaras da corrupção imposta por imposições e exceções protagonizadas por oportunistas de plantão.

Com a palavra o faz de contas do Conselho Nacional do Ministério Publico.

Carlos Amorim DRT 2081

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Jornalista Carlos Amorim
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