Nesta terça-feira (18), por volta de 11h liguei para a Clínica São Lucas, nº 3221 6600, perguntei ao atendente se eu poderia fazer uma consulta através do convênio IAPEP, a resposta foi impactante: NÃO. Após desligar o telefone me debrucei em algumas reflexões referentes as garantias do texto constitucional brasileiro que prioriza o acesso à saúde aos cidadãos.
Sou contumaz em participações diárias nos veículos de rádio difusão do Brasil, o programa mais próximo naquele horário seria o jornal da Teresina FM 2ª edição, liguei para o telefone da emissora de nº 21074998, sem mais delongas o ancora do programa Bartolomeu Almeida, colocou a minha voz no ar, quando passei a discorrer sobre o episódio, a princípio solicitei que o apresentador do programa efetuasse ligação para o número da clínica citada, o meu objetivo era impedir que o plano de saúde do estado, como também a clínica em baila, usassem pretextos corriqueiros e fantasiosos para justificar estúpida omissão, conivência e desrespeito ao contribuinte servidor do estado do Piauí.
Sou capaz de apostar minha vida que se o Bartolomeu, tivesse atendido minha sugestão, o atendente da clínica repetiria a mesma mensagem que me foi oferecida. Após minha participação a produção do programa muito zelosa contatou com a direção da Clínica São Lucas, que ofereceu outras informações desconexas a autenticidade do que foi declinado por mim a opinião pública do programa no horário. Assegurou a jornalista responsável pela produção, que foi informada pela diretoria da Clínica São Lucas, que o convênio do IAPEP está+ ativo para atendimento ao servidor.
Ouvi esses pretextos truncados, ou seja, contradições vergonhosas da instituição hospitalar, como também as do governo do estado. Para colocar em pratos limpos minha informação veiculada, pois tenho um nome a zelar perante a opinião pública teresinense, piauiense e brasileira, efetuei ligação para o número 32217031, a pessoa que me atendeu se identificou informando ser detentora de cargo de chefia, fiz um rápido preâmbulo mencionando fatos ocorridos, denunciados e comentados, quando me veio a seguinte surpresa: Senhor Carlos, a Clínica São Lucas atende sim os segurados do IAPEP, mas só nos casos de urgência com previsões específicas para tal.
O que me estarrece é a infelicidade de um policial militar em perseguição a um bandido no exercício de sua atividade profissional, eventualmente sofre o infortúnio de um acidente quebrando uma de suas pernas em 3 lugares, fratura exposta gravíssima, imaginemos que esse sinistro ocorreu em uma segunda-feira, a data para o atendimento desse tipo de evento está agendado para quarta-feira, esse pobre miserável acidentado ficará gritando de dor até chegar o prazo estipulado pela clínica? Como não sou tão burro como posso demostrar, tenho para esse tipo de procedimento uma única palavra, “irresponsabilidade” do governo do estado do Piauí e Clínica São Lucas.
Outra situação que me causou espécie informada pela funcionária, o atendimento clínico é realizado diariamente, sendo essa prestação de serviço executado por um médico ortopedista dono da Clínica São Lucas. O modus operandi para a realização do atendimento é bastante complexa e engraçada, o paciente se apresenta para a consulta, o médico no ato abre o sistema do IAPEP se esse estiver travado ou inoperante por problemas que nós sociedade civil organizada conhecemos muito bem, o cliente volta sem atendimento, se o mesmo disponibilizar R$ 140,00 para atendimento popular ou R$ 250,00 para um atendimento mais complexo, indubitavelmente a clínica lhe oferecerá tudo o que for necessário para a boa prestação de serviço médico hospitalar, do contrário, pé na bunda é a serventia da casa.
Um segundo episódio que me deixou embasbacado, refere-se ao fato que o médico no alto do exercício de sua atividade profissional ao clinicar um paciente, os que estão aguardando poderão ser dispensados sem a consulta pretendida, em virtude que o médico de forma absoluta poderá a qualquer momento suspender suas atividades, desrespeitando quem está na fila para atendimento e se retirar para dar vasão a outras questões ou atribuições que lhe convier. Com base na interação com a servidora, justificou esse episódio dizendo ser pratica corriqueira, pois o médico é obrigado trabalhar na clínica e em vários estabelecimentos.
Para contestar esse processo de humilhação e desrespeito ao paciente, vou dar como exemplo uma consulta cardiológica que marquei no hospital Itacor para 11 de junho as 9h, com 20 dias de antecedência, imagino que esse exemplo poderá servir como opção par a que a Clínica São Lucas siga o mesmo processo de marcação de consulta confiável e segura. Lembro que antes de encerrar minha conversa com a senhora que me atendeu dei a seguinte sugestão, que fosse treinado o telefonista para informar aos pacientes que o atendimento ao assegurado do Iapep é diferenciado em conformidade com o que declino anteriormente.
O Donizete Adalto, massificou a seguinte máxima “morro e não vejo tudo”, se não tivesse morrido, morreria de infarto fulminante do miocárdio após tomar conhecimento desse fato oferecido pela Clínica São Lucas.
Carlos Amorim DRT 2081