Seria um oceano, encontrei uma cacimba

Há 7 meses na Delegacia dos Direitos Humanos me deparei com o secretário de segurança do Piauí Chico Lucas, mantivemos breve diálogo referente a cidade inclusiva e transversal, englobando a política de acessibilidade a pessoa com algum tipo de deficiencia. Naquele momento foi muito produtivo nosso diálogo para futura parceria, o secretário demonstrou sensibilidade e interesse pela proposta, assumiu compromisso para me recepcionar em seu gabinete, eu deveria procurar uma senhora que cuidaria dessa agenda, foram várias idas e vindas, subidas e descidas, encontros e desencontros, finalmente na sexta-feira próximo passada, dia 3, foi acordado que eu seria atendido pelo secretário.

Às 8h cheguei a recepção, após uma série de interrogações, por exemplo: o que você quer? Vai falar com quem? Ele te conhece? Você trabalha onde? etc., a senhora responsável pelo gabinete me ofereceu atendimento irretocável informando a respeito dos compromissos agendados para aquele dia com o secretário, recordo-me de alguns, reunião com sindicato, com peritos da polícia civil de todo o Piauí e outras questões de pouca relevância, aquela senhora demonstrando muita responsabilidade, compromisso, e sensibilidade me assegurou que entre uma reunião e outra eu seria atendido, exatamente às 14h fui informado que o secretário de segurança Chico Lucas havia se retirado do gabinete para conceder uma entrevista e não retornaria.

Um adágio muito conhecido garante que a primeira impressão é a que fica, nesse caso específico não reconheço “tal máxima como verídica”, pra não dizer que não falei de flores outro adágio popular pertencente a ralé: quer saber quem é o ser humano, dá poder a ele. Entendo que fui vítima de uma atrocidade criminosa ao tomar um chá de cadeira de 6h ininterruptas, sentado em uma poltrona submetido a uma temperatura de 20º, percebi ao sair que um choque térmico me causaria problema de saúde, mas aquela falta de respeito que me foi submetida pelo secretário Chico Lucas, me fez crescer no quesito jeitinho brasileiro. Você sabe com quem está falando? Eu sou marido da dona fulana de tal, esse tipo de diálogo entre servidores do gabinete e alguns gatos pingados que não tem limites para respeitarem direitos alheios, de fato foram constantes.

Serei mais explícito em uma dessas excrescências: um indivíduo se apresentou a recepcionista que gostaria de falar com o secretário, um minuto seria o suficiente, não precisava sentar-se, seria atendido em pé, a funcionária retrucou informando não haver a mínima possibilidade, antes do penetra se retirar foi perguntado de onde era e seu nome a resposta foi imediata, sou vereador de Teresina, o resultado foi instantâneo, aguarde essa pessoa sair em seguida o senhor pode entrar.

É obvio que aos meus 72 anos de idade não reconheço esse tipo de procedimento sendo novidade, o que não consigo entender é a maciça propaganda por parte da imprensa escrita, falada e televisada aclamando o secretário Chico Lucas como sendo “o novo”, é obvio que “em terra de cego quem tem um olho é rei”, mas é importante avaliar que a pasta que ocupa o nosso querido Chico Lucas para que houvesse uma restauração, reformulação, edificação e construção de um eficaz sistema de segurança demandaria com muito esforço um século. O que percebo na realidade é muito canto da sereia cumulado com embromação ao coitado do cidadão desprovido e marginalizado pela própria natureza.

Presto um serviço de excelência a política de acessibilidade pertinente as garantias de direitos a pessoa com algum tipo de deficiencia, a qual seria implantada nas polícias do estado do Piauí, proposta natimorta semelhante a uma areia movediça, quanto mais você se movimenta mais rápido vai para o fundo, é dar um passo para frente e dez para trás. Pode ter certeza continuarei trilhando essa trajetória sem me preocupar com a empáfia de quem quer que seja. O que me serve de lenitivo é a qualidade dos bons, honrados, honestos, simples e humildes que usam a força do seu cargo para atenderem as necessidades dos que não tem voz e vez (o poder só a Deus pertence).

Carlos Amorim DRT 2081/PI

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Uma resposta

  1. No estado do Piauí, quem detém curso superior e geralmente ostenta pasta em qualquer esfera de governo, atua drasticamente só para, massacrar, mentir, vilipendiar, e desrespeitar, desonrando a pasta que ocupa, pois quando é criticado por sua falta de caráter, pelo “ofendido”, há em suas efusivas “defesas”, no plural mesmo, “defesas”, maledicentes pseudojornalistas ou pífios radialistas, que contemplam vosso pão de cada dia, com o dinheiro público da população piauiense, em forma de jabá, defendendo com cuspes e escarros em microfones de rádios e TVS, vociferando ou relinchando que ” o homem é bom , é honesto, eu ponho a mão no fogo por ele e etc. ”
    E assim é o vício de grande parte da faminta imprensa piauiense, deprimente, viciada, sucumbida e sorrateira pois também a mesma é sorumbática, afinal por dinheiro, há profissionais no Piauí que entregam até mesmo parentes, quanto mais sendo por dinheiro fácil e sem esforço algum.

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Jornalista Carlos Amorim
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