De forma estarrecida recebi informação de um advogado referente a documento que posso adjetiva-lo de denunciação caluniosa, enviada a justiça criminal referindo-se a mim como pretenso assassino. O autor desse crime deixa muito nítido sua preocupação com a segurança de sua vida ao ir e vir diário em suas atribuições, em um trecho dessa ignomínia lê-se: “tenho preocupação com minha integridade física, pois posso ser atacada a qualquer momento por esse senhor que me persegue insistentemente”.
Pasmem os senhores, sou homem com deficiencia visual, em conformidade com laudo oftalmológico acostado a essa matéria, não tenho qualquer histórico de agressão ou algo semelhante registrado nos anais das instituições policiais e judiciais que possa dar vasão a uma mente doentia dessa estirpe.
A pergunta que não quer calar é o tipo de justiça que temos, que perde seu precioso tempo com aberrações e perseguições do nível mencionado. Por ser leigo na ciência do direito, mas plenamente bem informado e conscientizado, entendo tão somente tratar-se de corporativismo exacerbado por parte dos doutores da lei. É importante informar que o célebre Ruy Barbosa se ainda permanecesse entre nós indubitavelmente enfartaria ao ler tais notícias escabrosas
A imprensa do Piauí, omissa, negligente e conivente não se manifesta em uma única vírgula, amedrontada e acovardada ao exercício de suas funções de informar a opinião pública fatos horrendos e repugnantes. O que é inaceitável são as vítimas impotentes coagidas e amedrontadas que não tem condições de manifestarem-se contra tais injustiças, sofrendo horrores, coagidas, caladas e humilhadas. Lamentavelmente o número de vítimas é gigantesco, a força e o poder dos detentores do comando do sistema determinam e ordenam o tipo de penalidades a quem ousar reagir contra os que degradam as garantias de direitos do cidadão, principalmente quando não se trata de pessoas ignorantes, isentas de conhecimento, educação e conscientização.
No meu caso, pessoa com deficiencia visual, contestada, retaliada, discriminada, excluída e questionada. A título de informação, para entornar o caldo das agressões pessoais, morais e psicológicas, tenho 72 anos, idoso em conformidade com as garantias do estatuto do segmento, cujos direitos assegurados são desrespeitados de forma aviltante por uma justiça tupiniquim.
Deixo claro que sou capaz de debater a política de acessibilidade vigente no Brasil pertinente as garantias de direitos a pessoa com algum tipo de deficiencia, como, também, os promotores do MP/PI, tendo absoluta convicção que não oferecerão respostas às minhas inquietações e interrogações
Carlos Amorim DRT 2081/PI