Neste domingo (8), a senhora Maria Rodrigues de Amorim, popular Baíca, pseudônimo adquirido ao longo de 40 anos de bons serviços prestados a extinta Escola Normal Antonino Freire. Nasceu em 1928, festejou nesta data, 96 anos de vida, acorreram a sua residência, filhos Carlos Antônio, Kleber Reginaldo e Celene Maria(Carlos Fernando, ausente), netos e bisnetos que participaram da histórica data comemorativa.
Dona Baíca, minha mãe, é uma pessoa de origem simples e humilde, mas de visão social imensa, dotada de gigantesca sensibilidade, é um ser humano inigualável, ajudou muita gente direta e indiretamente, contabilizei por alto 20 parentes que receberam os préstimos da minha genitora, na ocasião, vítimas de abandono e desassistência de familiares, por algum motivo necessitaram de auxílio, lamentavelmente a máxima que Leonel de Moura Brizola cunhou (bocado comido é bocado esquecido), foi a tônica do evento histórico do aniversário, muitos que foram contemplados com a benevolência da dona Baíca, estão muito bem obrigado em alguma parte do mundo, sequer lembraram a existência daquela que os ajudou, tenho convicção que tudo que foi oferecido a essa gente não recebeu o condão da exigência de retorno a solidariedade dispendida.
Eu particularmente o filho mais velho, recebi proteção especial, por ter sido um pré-adolescente rebelde, desobediente, irresponsável e violento, que o diga o extinto campo de futebol localizado na Praça Mal. Deodoro da Fonseca, antes de ser transformado em um curral cercado de grades pelo então governador Alberto Silva (Barca do sal), point onde se reunia os meus camaradas para promover ataques a outras turmas adversárias nas cercanias adjacentes, graças a Deus fui contido por esforço sobrenatural da minha mãe ao ser internado em um educandário na cidade de Arari-MA, sob o comando do educador Pe. Clodomir Brandt e Silva (de saudosa memória), exímio professor, austero, rigoroso, disciplinador e educador de excelência. Temos como referência a contemporaneidade do desembargador Cleones de Carvalho Cunha, ex-presidente do Tribunal de justiça e Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, dentre outras importantes funções que desenvolve.
Aqui está um pouco da história de uma mulher de visão que através do seu trabalho, suor, lágrimas e sacrifício edificou um projeto de desenvolvimento a duras custas, como forma de contribuir para Teresina, Piauí e Brasil.
Como não fazemos nada só, nossos agradecimentos a algumas personalidades do nosso convívio de então, Joca Silveira, Afrânio Nunes, Clementino Siqueira, Chagas Careca, Deise Serra e Silva, dona Tota, Teresinha de Jesus Soares, dona Ana Luísa, dona Verbena, professora Zaira e tantos outros que deram sua cota de contribuição para nossa sobrevivência.
Carlos Amorim DRT 2081/PI
Uma resposta
Bela homenagem feita, mãe lutadora, muito trabalhadora não media esforços para ajudar quem precisasse, valeu todo esforço realizado durante anos em que trabalhava. Parabéns